ESPANHóIS RELATAM 'PESADELO' EM AVIãO PARADO EM ROMA DURANTE VáRIAS HORAS

Grupo denunciou "desculpas e mentiras" da companhia aérea.

Um grupo de 30 passageiros espanhóis denunciou um verdadeiro 'pesadelo' passado no interior de um avião da companhia aérea Ryanair, em Roma, Itália, que teria como destino Valência, em Espanha... só que nunca chegou a descolar.

 

O caso é contado pelos jornais espanhóis ABC, À Punt e Las Provincias.

A hora prevista de partida do voo estava inicialmente marcada para as 20h05 (menos uma hora em Portugal continental) de terça-feira, mas os passageiros receberam indicações da companhia a avisar que tal não aconteceria até à 01h15 (00h15 em Portugal continental) de quarta-feira.

No aeroporto da capital italiana, porém, os funcionários terão indicado aos passageiros que embarcassem mesmo assim na aeronave, indicando como hora prevista de partida, na realidade, 21h15 (20h15 em Portugal continental).

Passaram várias horas, porém, e o avião mantinha-se em terra, até que os passageiros desembarcaram depois de várias "desculpas e mentiras" da companhia.

"Subimos às nove e começaram a dar-nos desculpas que não faziam sentido. As pessoas pediram para nos deixarem sair porque não nos deram comida nem água e havia bebés, menores e pessoas com mobilidade reduzida no avião", disseram os passageiros.

Segundo o ABC, as razões dadas para os sucessivos atrasos foram várias, desde a ausência do piloto a uma suposta avaria e saturação da pista de descolagem. Finalmente, o próprio comandante da aeronave admitiu que o voo não partiria naquele dia para Valência, visto que o seu horário laboral já tinha chegado ao seu fim.

Um dos passageiros chegou mesmo a contactar a polícia, alegando que os passageiros tinham sido sequestrados dentro da aeronave.

O ABC assegura que a companhia aérea não ofereceu nenhum tipo de alojamento em Roma até encontrar lugar num novo voo. Um dos passageiros citados pelo jornal só conseguiu chegar a Espanha na quinta-feira.

A Delegação na Comunidade Valenciana da Organização de Consumidores e Utilizadores (OCU) denunciou a falta de assistência e informação aos passageiros deste voo e lembrou que, neste tipo de casos, estas empresas "devem oferecer alimentação gratuita adequada ao tempo de espera, alojamento durante a noite e transporte que permita a transferência entre o aeroporto, os locais de alojamento e o destino do voo".

Caso o atraso não se deva a circunstâncias extraordinárias, e for superior a cinco horas, o passageiro tem direito a uma indemnização de 250, 400 ou 600 euros, dependendo da distância e do tipo de voo, explicou a OCU.

Por isso, a Ryanair é instada a indemnizar os passageiros afetados, esperando que "não se repita" o caso e lamentando "a situação de desamparo que os utilizadores deste voo viveram, sem receber informação sobre o que se passava".

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