ENTRE MOINHOS, CASCATAS E MIRADOUROS Há UM NOVO TRILHO PARA DESCOBRIR EM VILA VERDE

Uma caminhada pela paz do campo, com dez pontos de interesse para explorar ao longo de 13 km, o novo trilho Fojo do Lobo e Nascente do Vade promete um passeio pela “natureza das coisas simples”, no concelho de Vila Verde, em pleno coração do Minho

Percurso circular, com 13 km para percorrer e dificuldade moderada, o novo Trilho do Fojo do Lobo e Nascente do Vade - PR2 convida a descobrir a natureza de Vila Verde e aventurar-se mais além, por paisagens e tradições, em pleno coração do Minho e contíguo ao Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Recentemente aberto à fruição do público, o trilho localiza-se na zona norte do município, mais especificamente nas localidades de Aboim da Nobre e Gondomar e Valdreu. Com início no Parque de Campismo e Caravanismo Rural de Aboim da Nóbrega, contempla dez pontos de paragem para melhor desfrutar da panorâmica circundante. Recentemente reabilitado pela autarquia, o trajeto alonga-se por cascatas, miradouros e antigos moinhos, bem como aldeias genuínas.

Ao longo do caminho, deslumbre-se com a paisagem pontuada por locais como a Primeira Cascata do Vade e o Moinho da Pequenina que vigia de perto o curso de água a correr calma e livremente. O moinho é símbolo de uma herança cultural ligada à moagem de cereais, atividade outrora muito importante nesta região. Mais à frente chega ao ponto de maior altitude no percurso no Miradouro de Penedos Mourinhos e Nascente do Vade, em plena zona das “Encostas de Mixões da Serra”.

Ao longo do caminho, deslumbre-se com a paisagem pontuada por locais como a Primeira Cascata do Vade e o Moinho da Pequenina que vigia de perto o curso de água a correr calma e livremente. O moinho é símbolo de uma herança cultural ligada à moagem de cereais, atividade outrora muito importante nesta região. Mais à frente chega ao ponto de maior altitude no percurso no Miradouro de Penedos Mourinhos e Nascente do Vade, em plena zona das “Encostas de Mixões da Serra”.

Junto deste miradouro encontra-se a nascente do rio Vade, que atravessa as freguesias de Aboim da Nóbrega, Valões e Covas, desaguando no Rio Lima, em Ponte da Barca. Ali próximo fica a aldeia de Gondomar, classificada como Aldeia da Saudade e Aldeia de Portugal, envolta por socalcos e verdes campos, carvalhais e giesta. É nesta localidade que habita um dos cruzeiros mais antigos do concelho - o Cruzeiro de Gondomar. Vale também a pena visitar a Igreja de Gondomar, dedicada a Santo André e construída em granito da região. A partir da torre sineira, avisa-se para o culto mas também para a presença de lobos nas proximidades. Na aldeia observe ainda os muitos espigueiros encimados por uma cruz, símbolo de devoção e proteção às colheitas que aqui eram guardadas para secar.

Continuando o caminho, encontra uma zona de descanso servida por muitas sombras sobre as mesas de piquenique.

Depois do descanso, encontra o ponto principal deste trilho – o Fojo do Lobo. Considerado um dos maiores da Península Ibérica, com uma extensão de muralha de cerca de dois quilómetros. Os muros formam um “V” que desemboca nos dois fossos dissimulados com ramos de giesta, onde ficariam aprisionados os lobos. Encontra-se inutilizado há várias décadas, mas constitui uma memória cultural e patrimonial de grande importância para o concelho. Seguindo viagem, depara-se com uma vista soberba sobre a paisagem no pitoresco o Lugar de Bezeguimbra, em Valdreu, onde se localiza a Capela de Santa Luzia. Novo motivo de paragem e símbolo religioso é o último ponto de paragem recomendado do trajeto: pouco antes ter percorrido os quase 13 km do trilho, encontra a Capela de S. Sebastião, no lugar de Povoadura. Aqui venera-se São Sebastião, o santo católico que se acredita poderoso na proteção das populações contra doenças e pestes.

Votos de amor nos Lenços dos Namorados

O tradicional e minhoto Lenço dos Namorados tem raízes profundas em Vila Verde e remete para uma história de amor de uma rapariga do campo apaixonada. Nele e através dele era feita uma declaração de amor, dirigida ao eleito do seu coração, a quem o oferecia como manifestação do seu afeto. Se o jovem retribuísse esse sentimento, assumia publicamente o compromisso, ostentando o Lenço ao pescoço, no bolso do fato domingueiro, ao ombro para pousar o andor do padroeiro ou na mão para segurar a vara do pálio em dia de festa. Caso a rapariga não fosse correspondida, o Lenço voltaria às suas mãos. O valor e o significado do Lenço estão precisamente nesta história, na sua motivação, numa tradição que se tem afirmado enquanto elemento intrínseco do imaginário coletivo de uma comunidade

Para conhecer em profundidade a história deste símbolo regional, o Centro de Dinamização Artesanal - Aliança Artesanal é um dos pontos obrigatórios de visita. Aqui pode contactar com as bordadeiras e conhecer a arte de bordar nas suas diferentes fases: desde o cortar da peça de linho, ao marcar as bainhas, alinhavar e decalcar em papel químico o desenho, até à execução do bordado. Aqui, também, se encontra o Espaço Namorar Portugal, a primeira loja física onde está patente a coleção de produtos Namorar Portugal e onde, anualmente, durante a programação “Fevereiro, Mês do Romance”, são lançados novos produtos inspirados nesta tradição.

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