AS 10 CIDADES MAIS CARAS E AS 10 MAIS BARATAS PARA SE VIVER, SEGUNDO A 'THE ECONOMIST'

Singapura e Zurique repartem primeiro lugar das cidades mais caras para se viver, segundo o Índice Mundial do Custo de Vida, publicado pela revista britânica ‘The Economist’

As 10 cidades mais caras para viver

As 10 cidades mais baratas

Pela nona vez em 11 anos, a cidade-estado de Singapura é o local do mundo mais caro para se viver, uma primeira posição que partilha com Zurique, de acordo com Índice Mundial do Custo de Vida 2023, publicado recentemente pela unidade de estudos e análise (EUI) da revista britânica ‘The Economist’.

Nos antípodas surge Damasco, a capital da Síria é a cidade mais barata das 173 analisadas apesar dos preços terem crescido 320% em libras sírias, a moeda local. (ver quadro)

Este índice, que compara mais de 400 preços individuais em 200 produtos e serviços, exclui a capital venezuelana, Caracas, devido a uma inflação local da ordem dos 450%.

Inflação que é, aliás, um problema global, com o título da edição deste ano a salientar “Subida de preços está a abrandar, mas não é suficiente”. A edição de 2023 dá conta de uma subida “modesta” de preços de 7,4% em termos homólogos, “um pouco abaixo do aumento de 8,1% em 2022, mas significativamente superior à tendência de 2017 a 2021”.

Inflação pode desacelerar em 2024

Upasana Dutt, responsável pelo estudo disse, citada pelas agências noticiosas, esperar que “a inflação continue a desacelerar em 2024”, devido ao efeito dos aumentos das taxas de juro decididos pelos bancos centrais para combater os aumentos de preços.

A referência utilizada no índice é Nova Iorque (100), cidade que este ano foi destronada por Zurique, (6º lugar em 2022) e que regressa ao fim de três como a mais cara do mundo.

Para a EIU, A Europa Ocidental é responsável por quatro das dez cidades mais caras. “A inflação persistente nos alimentos, vestuário e cuidados pessoais, juntamente com a valorização do euro e de outras moedas locais face ao dólar na região, levaram-nos a subir a classificação”, explicam os autores. O estudo converte para dólares os preços em moeda local.

Deste modo, a subida de posição de Zurique reflete, em parte, a força do franco suíço, bem como os elevados preços de alimentação e dos bens utilizados pelas famílias e o lazer. Já para Singapura, o estudo salienta os preços particularmente caros dos transportes e vestuário.

Lisboa é classificada abaixo dos 60 pontos de referência, sendo umas das cidades mais baratas da Europa Ocidental, logo a seguir a Atenas.

Do outro lado do Atlântico, a valorização do peso mexicano contra o dólar devido ao aumento das taxas de juro, explica, segundo o estudo, as maiores subidas na classificação das cidades mexicanas de Santiago de Querétaro e Aguascalientes foram as que mais subiram na classificação, à medida que o peso se fortaleceu em relação ao dólar americano, devido ao aumento das taxas de juro e ao forte investimento estrangeiro. A primeira ganhou 48 posições para agora se classificar 51º lugar da lista, enquanto a segunda subiu 39 para se posicionar em 82º lugar.

Por outro lado, as cidades russas de Moscovo e S. Petersburgo registaram algumas das quedas mais acentuadas no índice deste ano, perdendo 105 lugares para 142ª posição e 74 lugares para a 147ª, respetivamente. A depreciação considerável do rublo desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022 explica, em grande parte, estas quedas.

Damasco na Síria mantém-se como a cidade mais barata do mundo, atrás de Teerão (Irão) e Tripoli (Líbia). O estudo revela que, apesar da taxa de inflação em Teerão ser elevada, de quase 49%, os preços em Trípoli aumentaram pouco mais de 5% no ano passado. “Todas as três cidades são particularmente baratas para alimentação, bem como para outros bens domésticos e cuidados pessoais”, conclui o estudo.

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