Está muito calor e a humidade torna tudo pior, mas percebe-se bem porque o Benfica escolheu montar em Tampa o quartel-general para a fase de grupos do Mundial de Clubes. Vai ter de fazer 450 quilómetros para jogar em Miami com o Boca, dia 16; 135 quilómetros para Orlando para defrontar o Auckland City, a 20; e viajar de avião até Charlotte, dia 24, para defrontar o Bayern. Mas, entretanto, trabalha tranquilamente, rodeado de paz e fortes medidas de segurança.
Segundo um estudo do site Libability, em janeiro deste ano, considerando vários aspetos como o preço das casas, a segurança, oportunidades de trabalho, ou clima, Tampa, Estado da Flórida, é a 12.ª entre as melhores cidades para se viver nos EUA. Tem praia, a menos de 50 quilómetros, na cidade a seguir, que se chama Clearwater; a zona da baixa é de uma limpeza impressionante, com ruas largas e avenidas, prédios enormes e pormenores que contam a história de uma cidade tranquila e na qual se vive com civismo.
Tem grande população latina, sobretudo cubanos, com Cuba aqui ao lado, mas também mexicanos, árabes, uma mescla de mão-de-obra que, pelo que foi possível apurar no pouco tempo em que a reportagem de A BOLA acompanha o Benfica em terras norte-americanas, convive em harmonia. Haverá problemas e tensões, seguramente, há-as em todos os lados, mas a forte contestação que por estes dias se vive na Califórnia, em Los Angeles, contra as medidas anti-imigração impostas por Donald Trump, presidente dos EUA, parece, em Tampa, uma realidade distante.
Com quem falámos, todos conhecem o Benfica, depois falaram-nos mais do FC Porto do que do Sporting, mas a maioria nem se lembrava que vai começar no país um Mundial de Clubes. Há também quem torça um pouco o nariz, mas ao Campeonato do Mundo do próximo ano, que vai ser organizado conjuntamente por EUA, Canadá e México. Há reservas ao contexto, percebe-se porquê.
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