CATARINA RAMINHOS SOBRE VIAGEM AO JAPãO: “A CADA DIA QUE PASSAVA, EU FICAVA MAIS RICA EM CONHECIMENTO”

Catarina Raminhos tem vindo a partilhar diários de viagem daquilo que vive no Japão. Esta quarta-feira, nas redes sociais, fez o relato do último dia no país.

“E, no último dia, regressámos a Tóquio. Voltámos a apanhar o Shinkanzen, que percorreu os 525 quilómetros que separam as duas cidades em menos de duas horas e meia. Foi interessante voltar a Tóquio depois de ter estado em Nara, Quioto e sobretudo Osaka, porque as diferenças entre as cidades acabam por ser realçadas”, começou por referir no Instagram.

Catarina Raminhos comentou que Osaka “é descontração, fala-se mais alto”: “Ri-se mais. Nos cafés e restaurantes onde estivemos achámos as pessoas mais simpáticas. A cidade é quase uma festa – basta ir a Dotonbori à noite para perceber isso mesmo”. Contudo, Tóquio é “mais rigorosa, as pessoas andam direitinhas no metro e na rua, falam baixo ou não falam de todo, não cruzam olhares – fixam-no no ecrã do telemóvel”: “E, no entanto, nada disto tira interesse à cidade, que se impõe em todas as frentes porque é incrível e impactante”.

Nesse último dia no Japão, Catarina Raminhos contou que, como o voo era só às 10 da noite, foram até Asakusa: “Porque queríamos ir à loja oficial dos Daruma, que é um boneco redondo e oco, feito artesanalmente e geralmente vermelho, que é considerado um talismã de boa sorte e símbolo de perseverança no Japão. Além disso, era uma zona onde ainda não tínhamos estado”.

“Deixámos as mochilas nos cacifos da estação e, mal saímos, percebemos que a multidão era ainda maior do que o habitual e havia um barulho fora do normal nas ruas de Tóquio. Era então um desfile de samba… com elementos japoneses! Eles cantavam e nós só percebíamos ‘liberdadji!’ lá pelo meio”, referiu Catarina Raminhos.

“Apanhámos uma média de 32º/33º estas duas semanas, com sensação térmica que chegou aos 42º! O calor foi dos maiores desafios que tivemos, principalmente porque caminhámos uma média de 12 quilómetros por dia (foram 140 quilómetros a pé, no total!)”, afirmou Catarina Raminhos.

“E já que entrei de forma inconsciente numa espécie de balanço final, posso confessar que o calor foi um desafio maior do que a comida – que era aquilo que pensávamos que nos ia dar mais dores de cabeça, tendo em conta que somos cinco, temos crianças e três de nós não comem carne (no Japão, a maior parte da comida tem por base caldos de carne, mesmo que se trate de ramens de peixe, por exemplo). Mas conseguimos safar-nos bem porque todos adoramos sushi (e comemos seis ou sete vezes, até porque a relação qualidade-preço é boa) e porque fomos a três ou quatro restaurantes vegetarianos e vegans”, descreveu Catarina Raminhos.

“Ir embora dá-me vontade de chorar. Podia escrever isto de outra forma, mas desde este dia que vos relato até hoje, que já estamos em casa e de volta às rotinas, que sinto uma tristeza profunda por ter vindo embora. O Japão – aquele Japão que eu tive oportunidade de conhecer e que é tão pequenino comparado com a dimensão do país – é marcante”, confessou Catarina Raminhos.

“As diferenças culturais são enormes e, mesmo que possamos não concordar com muitas tradições e costumes, com as hierarquias respeitadas de forma quase cega, com as injustiças sociais, importa descobrir essa diferença”, continuou Catarina Raminhos.

“É um país lindíssimo dentro e fora das grandes cidades; os parques e os jardins estão muito bem cuidados, a água de rios, lagos e riachos é cristalina, os templos estão bem conservados e são lugares de uma paz incrível”, notou Catarina Raminhos.

“Acho que a melhor forma que eu tenho para descrever o que esta viagem me trouxe é sentir que, a cada dia que passava, eu ficava mais rica em conhecimento, pelas experiências resultantes do contacto com uma cultura tão antiga e tão distinta da nossa. E por viver tudo isso com o meu marido e as minhas filhas”, concluiu Catarina Raminhos.

“Assim termina o diário de bordo do Japão. Obrigada por terem viajado comigo e por tantas mensagens tão bonitas que fui recebendo ao longo destes dias”, rematou Catarina Raminhos.

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